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sábado, 27 de setembro de 2008

Gritar? Chorar? Não...Eu tenho um lápis!



Tenho recebido alguns elogios e críticas sobre minhas crônicas, algumas pessoas concordam, outras discordam, tem aquelas que acham os textos engraçados e ainda outras que os acham tristes. Recebo questionamentos sobre minha opinião a respeito disso e daquilo e de como reagiria aqui e acolá, mas a pergunta que mais me fez pensar foi essa: por que você escreve?
A resposta foi simples: porque gosto, oras! Essa resposta, contudo, pode ter saciado a uma pessoa, mas não a mim. O questionamento não saiu da cabeça e então comecei a pensar, por que eu escrevo?
Pois bem, sempre gostei da língua portuguesa, muita gente não gosta, reclama e diz que é cheia de frescuras, mas acho uma bela língua. Aliás, sou apaixonada pelas letras, pelo som que as palavras causam e pela fissura que seus significados nos acometem, assim, fui me encantando por esta arte da escrita.
A primeira história que fiz foi com meus sete anos, uma história em quadrinhos, participei de um concurso e lá estava a história do Elefante Fante, com nome e sobrenome! Além das poucas frases, tinham desenhos feitos por mim em todos os quadrinhos, podem imaginar o resultado disso não é? Meus pais amaram e meu avô guarda o recorte de jornal até hoje, e se pensar que era a criação de uma garotinha, até pode ser considerada razoável.
Bem, depois desta história, vieram muitas outras. Algumas escritas em diários e guardadas a sete-chaves, outras transformadas em redações que me trouxeram viagens e presentes nas finais de concursos, mas tinham aquelas que eram guardadas só para mim. Nunca as mostrava para ninguém, talvez por achar que ninguém se interessaria, ou por achar que não eram tão boas quanto às dos livros que lia. Aliás, isso é importante ressaltar, a paixão pela escrita surgiu logo depois de uma paixão maior, pela leitura. Adoro livros, todos eles, seja para guardar na cabeceira da cama, para presentear, para ganhar de presente ou para dizer que é péssimo.
E foi mais ou menos assim que as crônicas surgiram. As primeiras começaram com meus 12 anos, não as tenho mais, se perderam no meio de cadernos e rabiscos, já que nessa época, nem sonhava em ter um computador, o que dirá salvar textos e poder modificá-los a qualquer momento.
Escrevia a qualquer hora, em qualquer lugar, e isso ainda continua. Às vezes estou deitada, pronta para dormir e vem uma idéia, caramba! Isso daria uma ótima crônica! Resultado, me levanto, ligo o computador e começo a digitar, outras vezes pego um rascunho qualquer e um lápis que sempre fica no criado-mudo e anoto as idéias principais para no dia seguinte dar continuidade.
Para escrever é preciso inspiração, que surge, quase sempre, de uma conversa dentro do ônibus, de uma imagem vista pela janela do prédio, de lembranças do passado ou de algum sentimento. Geralmente escrevo quando algo não vai bem, ou vai muito bem. São nesses ápices sentimentais que a inspiração surge, ai fica fácil é só desabafar.
A resposta então é simples: escrevo para extravasar minhas emoções. Os textos me permitem gritar em silêncio, chorar sem lágrimas, sorrir sem gargalhar, espernear sem causar incômodo. E talvez você pense, mas que graça tem isso? Pois é, quando se está só, o lápis é um ótimo amigo e aquela folha em branco que parece mais um abismo pode virar arte e te aliviar de uma decepção ou compartilhar com você uma alegria.
O melhor disso tudo, é que posso me mostrar escondida, assim, quase transparente. Através destas linhas quem me conhece sabe como estou me sentindo, e quem não conhece talvez até já consiga imaginar e deste modo, já não me sinto mais tão só nos momentos consentidos de solidão.
Escrever é uma forma de refletir e encontrar respostas para aquelas perguntas que fazemos a nós mesmos e, portanto, a resposta correta só cabe a nós encontrar. Já descobri várias respostas enquanto buscava um fim ou o nome de uma personagem para minhas crônicas.
Escrever é construir um mundo particular que pode ser visitado quando e por quem você quiser, um mundo onde podem ter castelos, sapos, príncipes, romanos, soldados, deuses, vaga-lumes, sacis-pererês, luas, estrelas, hambúrgueres, flores, corações partidos, paixões, máquinas do tempo, amores eternos e os obstáculos do nosso dia-a-dia.
Hoje já não grito mais, nem choro tanto, nem entro em confusões, isso tudo, porque agora eu tenho um lápis. Algumas pessoas encontram seu “lápis” em outras atividades, lutam, correm, dançam, dormem, eu escrevo. Não importa qual seja o seu lápis, o importante é encontrar um que te permita colorir seu mundo de forma que o deixe mais alegre e que te traga de volta os sonhos e a esperança de dias melhores, sempre. E você, já encontrou seu lápis?!

4 comentários:

Anônimo disse...

Oi Taline!!!

O meu "lápis" é malhar!! Quantas vezes eu chego de um dia estresante na academia e "desconto" nas barras e ferros...!!!

Muito bom o texto!!

Saudades! Bjos!

Anônimo disse...

Parabéns pelo blog e pelos textos, muito bem escrito e estruturado. Encontrei-a por acaso nas minhas andanças entre os blogs de amigos. Gostei. Voltarei.

Taline Libanio disse...

Pois é Luis, não importa qual seja o nosso lápis, o importante é encontrá-lo. Assim podemos nos revigorar sempre! Obrigada pelo comentário! Beijinho!

Taline Libanio disse...

Olá Luciana! Obrigada pela visita e pelos elogios! Fico feliz que tenha gostado...Escrever é minha terapia, fico surpresa quando consigo chegar aos outros de alguma forma. Volte sempre! Aguardo novos comentários, criticas e sugestões ok? Beijinho!