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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Entre cobras e lagartos... A vida como ela é?!


Semana repleta de surpresas, cheia de sustos e carregada daquela vontade de jogar tudo para o alto e sumir do mapa. Dias difíceis, cheios de mau humor, de pessoas sem graça e de animais peçonhentos.
Uma semana medonha, temerosa, necessária para me mostrar que nem tudo o que reluz é ouro e para escancarar minha fraqueza, meu medo e minha aflição.
Não sou uma pessoa corajosa, até ai não seria novidade nenhuma, tenho medo de muitas coisas, e descobri esta semana algumas outras que eu nem imaginava ter.
Lembro-me que desde criança já dava sinais da falta de coragem, sempre fui medrosa, especialmente com coisas vivas. Animais com pêlos, penas ou veneno sempre me assustaram.
Quando tinha meus seis anos, aproximadamente, acompanhei a mudança de uma nova vizinha para a esquina de casa. Observei os móveis chegando, tudo sendo carregado com cuidado para o interior da casa, até então abandonada, achava legal ter novos vizinhos e fiquei na expectativa de surgirem crianças no meio da mudança para uma nova brincadeira, mas para meu pavor o que surgiu foi um cachorro enorme, que mais parecia um camelo, todo peludo, com um focinho comprido e que adorava correr atrás de mim, tão logo me via fugindo desesperada dele aos berros até entrar pela porta da garagem.
Creio que até hoje minha pouca afinidade com cães de grande porte se dê por consequência daquelas corridas. Não gostava nem de olhar para aquele cão, ele era assustador, tanto quanto os pombos.
Não suporto pombos, tenho pavor daquele barulho que eles fazem, acho que são ameaçadores e não entendo porque as pessoas insistem em tentar domesticá-los. Ratos não são domesticáveis, a não ser que você compre um ratinho branco de olhos vermelhos em uma loja de animais, porque então tentar domesticar “ratos voadores”? Esqueça os pombos e suas migalhas, plante flores no jardim e espere os beija-flores, eles sim têm algo a nos ensinar.
Voltando aos pombos, sempre soube do meu asco por eles, mas descobri meu pavor no período da faculdade, ao ser atacada por dezenas deles no meio da praça central da cidade. Foi um plano maquiavélico, elaborado por um senhorzinho que esperou o momento exato para jogar um monte de milho e pedaços de pão bem próximo aos meus pés. Quando vi a aproximação dos “ratos voadores” joguei a bolsa, as pastas, o casaco, tudo no chão! Abaixei-me e gritei, gritei tanto que eles se assustaram e eu pude me levantar e aguentar os olhares curiosos e as risadas dos transeuntes que não pareciam acreditar no meu medo.
Como se não bastasse minha aflição pelos enormes cães e pelos terríveis pombos, depois de longos anos, bem nesta semana, pude descobrir meu pavor pelas cobras. Sabia que sentia medo do bicho, desde criança ouvia minha mãe dizer que se eu fosse picada por um escorpião ou por uma cobra seria muito perigoso, devido a um probleminha cardíaco que me brindou no nascimento. Mas com o tempo não sentia mais a pressão do coração com seu buraquinho e fui me adaptando a uma rotina comum, tão comum que me fez esquecer do temor pelos animais peçonhentos.
Acreditava que tinha mais medo de baratas do que de cobras, mas me enganei. Nesta semana deparei-me com uma cobra no meu local de trabalho, e confesso que quase morri, não pela picada que felizmente evitei, mas pelo susto. Chorei, faltou ar, tremia tanto que mal podia falar, tudo por ter visto a tal cobra.
Você deve estar se perguntando onde eu estava para dar de cara com uma cobra a menos de um metro dos meus pés, e posso garantir que eu não estava no meio do mato, nem enfiada na mata atlântica, estava sentada, ao telefone na sala de atendimento. Não, não trabalho no Butantã, nem em um escritório no meio da selva, é um bairro urbano, mas que devido à culpa não sei de quem, estava sem manutenção da grama a alguns meses, tempo suficiente para que a cobra se sentisse em casa.
Descobri mais um de meus pavores e novamente fui ridicularizada, por olhares curiosos e sorrisos sem graça que não entendiam o porquê de tanto desespero, afinal a cobra não deveria ser venenosa. E a não ser que esteja enganada encontrei informações sobre a tal cobra, podendo afirmar sua condição venenosa. Se era pouco, muito ou semi-peçonhenta, pouco me importa, o que sei é que não recebo adicional de periculosidade e não tenho que fingir que gosto destes bichos invadindo meu local de trabalho.
Meu mau humor e minha indignação serviram para o corte da grama ser efetuado logo no dia seguinte, mas ainda não me garantiram a segurança e a ausência deste e de outros bichos por lá, muito menos o retorno das minhas tranquilas noites de sono, atualmente invadidas por cobras e lagartos em pesadelos terríveis.
Só sei que entre feras e feridos, salvaram-se todos, menos a cobra, mas dela confesso não ter sentido pena, até porquê de um jeito ou de outro ela estará aqui eternizada, lembrada para sempre toda vez que abrir-se o baú dos meus medos.

2 comentários:

Marly Meyre disse...

kkkkkkkkkk
Imagine a minha situação ao retirar uma gaiola pendurada na parede de minha casa para colocar um passaro ferido que mais de meia duzia de crianças tinham trazido pra meu marido(que estava trabalhando) cuidar. Por cima da gaiola encontrava-se uma giboia de 2 metros(tinha comido o passaro que estava na gaiola).
Que SUFFOOCCCOOOOOOOOOOOOO.
bjus Taline

Hermes disse...

Olá prima! (se namorada de primo é prima, que assim seja!)

Pobres cobras, que constam na lista do repúdio de qualquer ser humano. Mas pobres das cobras não peçonhentas, que levam o ônus do veneno que não têm. Rechaço do cristianismo, pobres delas. Nós humanos é que somos peçonhentos, matamos as cobras, baratas, vacas, porcos, cães, gatos, peixes. Medo de cobra acontece às vezes, mas dos outros....

abraço!