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domingo, 27 de maio de 2012

O silêncio...


“Há momentos infelizes em que a solidão e
 o silêncio se tornam meios de liberdade”.
Paul Valéry

Eu adoro o silêncio. Exceto quando ele me engole. Adoro o barulho do nada, é bom ficar no silêncio esperando apenas o silêncio, sem a expectativa do próximo acorde. O silêncio é de fase única, sem altos e baixos, sem agudos e graves, apenas silêncio.
Poucas pessoas admitem, algumas não entendem e muitas não suportam a necessidade do silêncio em suas vidas. Eu adoro gente, mais do que o silêncio inclusive. Adoro barulho, música, movimentação, chiados, cantos, ruídos, enfim... Mas eu também adoro o silêncio, aliás, eu preciso dele.
E é por isso que descobri que adoro morar sozinha. No meu espaço é o único lugar do mundo onde consigo me encontrar com o silêncio. Por mais que se escute um barulhinho ou outro, um carro passando, uma pessoa gritando, nada é capaz de afetar o silêncio, por vezes egoísta, que me acompanha diariamente.
Quando se mora sozinho você tem a opção de escolher o silêncio. Você pode optar por ele todos os dias, meio período do dia, um final de semana ou em momento algum, mas a escolha é sua. Porém, quando se reside com outras pessoas isso se torna um pouco mais complicado, pois mesmo quando se tem a possibilidade de fechar-se em um quarto, o silêncio pode ser interrompido a qualquer tempo.
Eu adoro o silêncio sem interrupções. Aquele que existe pleno e sem prazo para acabar. No meu caso não é muito difícil mantê-lo. Não gosto de televisão, raramente ligo esse aparelho, especialmente aos finais de semana. Não tenho TV a cabo e isso foi uma opção racional, visto que se já reclamo da minha falta de tempo sem opções de distração na TV, imagine com uma lista de filmes, documentários e séries a minha disposição.
De música eu gosto, conheço pouco, mas gosto. Por vezes coloco em uma rádio de música brasileira que escuto pela internet ou escuto algum álbum antigo que me acompanha desde a adolescência e quando faço isso gosto de cantar, baixinho é claro, visto que jamais poderei ser uma cantora profissional com essa voz rouca.
Mas quando quero o silêncio eu desligo tudo. Tiro até o telefone e o micro-ondas da tomada. Existem algumas horas dos meus dias, em especial aos finais de semana, em que preciso do silêncio. Adoro acordar sem pressa, sem despertador e aproveitar o silêncio da minha casa. Ando de um cômodo ao outro, olho pela janela, observo aquele alvoroço de gente na rua e interiorizo o silêncio.
Por vezes fico horas assim, sentada no sofá com uma xícara de leite com chocolate nas mãos, olhando pela janela, em silêncio, sem pensar em algo específico, sem precisar de um barulho. Claro, que em alguns dias sinto falta de um “bom dia” logo cedo, mas a sensação que o silêncio me provoca é maior e melhor que qualquer ausência.
Entendo quando as pessoas dizem que precisam ficar sozinhas. E confesso que só consegui entender isso recentemente. Não foi fácil tomar a decisão de morar sozinha, de chegar em casa e estar sozinha, de sair de casa sozinha, de dormir sozinha, de rir e chorar sozinha, enfim, mas foi uma escolha e hoje vejo, foi a melhor decisão.
Quando residia com minha família não entendia quando alguém me falava que precisava ficar sozinho, que precisava de espaço e continuei sem entender por muito tempo, mesmo depois de morar sozinha, mas quando aprendi a conviver comigo passei a entender perfeitamente qual a importância e o significado do silêncio na minha vida.
Às vezes é difícil encarar o silêncio, pois ele não nos deixa outra opção além de olhar para nós mesmos. É difícil suportar nossos defeitos, nossos erros, nossas falhas e no silêncio tudo isso se torna muito evidente.
Mas quando se está de consciência tranquila, feliz, cheia de paz...Ah! Como é gostoso suportar o silêncio! Na verdade quando se tem uma tempestade na mente, um monte de barulho e problemas para resolver, nem mesmo se estivesse no Tibet seria possível encontrar o silêncio.
Enfim, poderia afirmar que o silêncio é bom e que pode ensinar muita coisa, inclusive sobre autoconhecimento, mas para que esta experiência seja digna de recordação, é preciso primeiro aprender a silenciar os barulhos interiores. E isso, preciso admitir, nem sempre é fácil...

Foto de: David de Oliveira Filho.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Lua doce


 “Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha (...)”
(Lua Adversa – Cecília Meireles)

Fazia tempo que não me deparava com uma cena digna de ser imortalizada em um texto. Os dias tem sido monótonos na grande cidade. A rotina tomou conta das minhas manhãs e tardes e a noite pouco tem sido observada ultimamente.
Vou dormir cansada, sem tempo de olhar pela janela e avistar as poucas estrelas que pintam o céu daqui. Acordo atrasada, com pouca disposição para me deparar com o sol que insiste em me cegar e o dia transcorre assim, sem muita cor, sem muitos detalhes.
Mas na última semana fui presenteada por três acontecimentos incríveis, que juntos mereciam um enredo de cinema.
O primeiro deles foi a “Super lua” que pintou o céu e desenhou a lua em sua melhor e maior forma. Brilhante, cheia, capaz de fazer suspirar até o pior dos rabugentos. Uma lua que exalava poesia pintou o céu e clareou a noite me fazendo passar não um minuto, mas várias horas com os olhos fixos nela.
Mas a surpresa maior veio no dia seguinte, quando ao abrir a janela perto das seis horas da manhã, fui brindada com um amanhecer enluarado, o mais incrível de todos os tempos. O sol nascia tímido, clareando os prédios aos poucos e fazendo sombra por onde passava. E a lua ali, imponente, nem se importava com a presença do astro rei, continuava enorme, linda e sorrindo para mim, como se dissesse: Bom dia, isso é o suficiente para colocar fim na sua monotonia?
A mim, restou aplaudir. De pé. Por minutos fiquei ali, esperando o sol chegar inteiro e me cegar, enquanto admirava aquela bola cheia que tanto me inspira, aquela lua brilhante, naquele dia toda ensolarada.
E depois de olhar para aquela cena, que jamais sairá da minha lembrança, fiz uma longa oração e pedi que meus olhos se abrissem para novos horizontes, para as pequenas e melhores coisas desta vida, para aqueles detalhes que fazem toda a diferença.
E naquele mesmo dia minhas orações foram atendidas... Ao sair do prédio escutei um som suave e que destoava da imagem gélida do centro da cidade, com todo seu concreto e grades. Era uma música simples, mas que chegava até a alma. Procurei a origem daquela canção e avistei um homem sentado na frente de uma loja, ainda fechada, aguardando o início do dia, tocando uma flauta doce.
Minha vontade era ficar ali, parada, escutando aquele som, que me deu a sensação de estar mesmo em um enredo de filme. O homem de quarenta e poucos anos, moreno, bem agasalhado e com uma mochila nas costas, tocava o instrumento com os olhos fechados, sem se importar com os olhares e a atenção que se voltava para ele.
Logo eu que tenho uma dificuldade tremenda de despertar cedo, me vi extasiada por uma cena que poderia ter passado despercebida, não fosse pela lua ensolarada que ainda pintava o céu e me lembrava de que tudo o que preciso está aqui, dentro de mim, no meu olhar, ele é único e capaz de transformar uma selva de pedra em um cenário de hollywood.
Sei que fui trabalhar com aquela música na cabeça... Nunca mais vi aquele flautista por aqui, mas as manhãs nunca mais foram as mesmas, pois sempre que coloco o pé na rua, tenho a esperança de ouvir aquela música novamente e quando não a ouço, puxo pela lembrança e vou cantarolando baixinho, enquanto vejo o dia nascer e a cidade enlouquecer bem na frente dos meus olhos...

domingo, 13 de maio de 2012

Perguntinha complicada...











“O tempo é o melhor autor, sempre encontra um final perfeito”
(Charlie Chaplin)

- Taline?
- Oi.
- Como termina um relacionamento?
Foi assim que começou uma conversa e com ela uma tempestade de pensamentos e lembranças que me fizeram correr para a folha em branco e escrever.
Perguntinha difícil essa, especialmente para ser respondida em uma segunda-feira perto das onze horas da noite... Existem coisas que não são passiveis de definição, muito menos de esclarecimentos objetivos como uma conta matemática.
- Quanto é 2 +2?
Não... Com os sentimentos as coisas não começam assim e muito menos terminam. A conta nunca é exata, sempre tem um resto, um zero a mais, uma dízima que parece não ter fim. Relacionamentos, creio eu, devem terminar do mesmo jeito que começaram, com a certeza de que a decisão a ser tomada é aquela, que é única e sem espaço para arrependimentos.
A mesma certeza que impulsionou o primeiro beijo, o frio na espinha no primeiro encontro, a ansiedade de esperar por um telefonema, a vontade de estar por perto o tempo todo, enfim... Toda aquela certeza deve estar presente no final de um relacionamento, com a mesma força e intensidade, pois se ela não estiver, provavelmente ainda não é o fim.
É por isso que muitos relacionamentos se arrastam, muitas vezes por anos, mesmo com o insucesso já anunciado. Aposto que você conhece alguém, ou já ouviu alguma história de um relacionamento que durou 5, 8, 10, 12 anos e por fim acabou bem longe do altar.
Pois é... Para se terminar um relacionamento é preciso resgatar a certeza de que não se quer mais aquele beijo, é preciso não sentir mais um frio na barriga quando encontra a outra pessoa e ter a convicção de que não quer mais aquela companhia o tempo todo, caso contrário pode estar tomando uma atitude precipitada, e quando o assunto é amor...Ah! Precipitação é sinônimo de confusão e arrependimento.
 O mais complicado, é que neste impasse, temos que admitir que sentimentos são volúveis e frequentemente nos pregam peças. Por vezes é possível acreditar que o amor acabou, que já não se sente mais nada, que nunca mais quer ver o fulano na sua frente, nem pintado de ouro. Mas pode em poucas horas e até mesmo em alguns minutos descobrir que tinha sido apenas raiva, tristeza, falta de motivação ou decepção e conforme o rancor vai passando, reabre espaço para aquela certeza do “felizes para sempre” e o fim fica para depois, ou não fica.
O risco maior está na acomodação. Essa incerteza do talvez, do “já passou” pode frequentemente gerar um sentimento que muitos casais compartilharam antes do fatídico ponto final, aquele medo de não saber mais como é estar sozinho. Aquela angustia só de pensar em recomeçar, a aflição de saber que o outro pode ser feliz ao lado de alguém que não seja você. E isso tudo, acaba deixando que a raiva, a tristeza e a decepção se acumulem, fiquem ali adormecidas, como se um manto acalmasse os ânimos só para que não houvesse a necessidade de fazer o que, ao meu ver, é uma das coisas mais difíceis da vida: tomar uma decisão.
Só nos esquecemos de que o que fica adormecido, acumulado, não resolvido, uma hora reaparece e o que tinha tudo para ser um simples obstáculo torna-se o início de discussões sem fim, culminando por vezes na falta de respeito e na incompatibilidade relatada no final de muitos relacionamentos.
Acho que podemos sintetizar relacionamentos em um ciclo, que em nossas vidas devem ter um único ponto de partida e chegada: a certeza. Se você tem certeza: comece! Se você tem certeza: termine! Mas nunca use o talvez, pois quando o assunto é coração...Ah! Melhor não tentar explicar o que é tão relativo que não cabe no talvez e ao mesmo tempo é tão exato que se encaixa perfeitamente em um simples sim ou não.
Em suma, diria que não existe receita para o fim, assim como ninguém prevê ou escolhe o começo. Não existe a melhor maneira, nem um jeito certo de se fechar ciclos. Creio que seja apenas preciso, em todas as fases e aspectos de nossas vidas e, principalmente para se efetivar esse ponto final, muita certeza, pois diferente da matemática que é real e exata, os sentimentos, se não estiverem respaldados pela certeza, acabarão por nos deixar eternamente presos em uma crise, alimentada diariamente pela dúvida do não saber...

Ilustração de: Carlos Ruas. Disponível em: http://www.umsabadoqualquer.com/ 

domingo, 6 de maio de 2012

Coração em desalinho...


"Que medo alegre,o de te esperar..."
Clarice Lispector

Seria uma noite como qualquer outra na companhia de amigos, servida de um bom vinho e longas risadas. Seria uma noite para se recordar pelo novo lugar, pela música que lhe era agradável, pelas pessoas que rodeavam o ambiente e a faziam pensar no quanto ainda restava do mundo e das pessoas que nele vivem para conhecer.
Seria só mais uma noite, não fosse pelo músico que se sentou bem à sua frente. Os olhos iluminados e o sorriso largo logo lhe chamaram a atenção. O antebraço definido e as mãos pequenas com dedos longos se moldavam delicadamente nas cordas do instrumento musical que já parecia fazer parte do seu corpo. Todos seus gestos e sons começaram a causar-lhe encantamento.
Músicas iam e vinham e os olhos fixos nele. Como era bom presenciar aquele amor que dele exalava pela música a cada acorde. Os olhos por vezes fechados, fazendo de cada momento único, para ele e mais ninguém. Enquanto tocava parecia que o mundo todo estava na ponta de seus dedos, nem a presença dela, nem as vozes ecoando no bar, muito menos a chuva lá fora o faziam desconectar daquela melodia.
Teria sido apenas mais um músico que tocava brilhantemente, digno de aplausos, não fosse pelos olhares que se cruzaram. Longamente, uma, duas, muitas vezes. Olhares acompanhados de sorrisos e de uma energia que parecia neutralizar todo o movimento ao seu redor.
O relógio corria sem pena. Anunciava a hora da despedida, ela precisava partir, mas não sem antes tentar uma aproximação. Rabiscou com cuidado algumas palavras no papel improvisado e esperou o último aplauso.
Aproximou-se dele e lhe mostrou o bilhete. Os olhos dele, de frente com os dela, brilhavam, que olhos lindos, cor de mel, donos de um olhar profundo, daquele tipo que chega até a alma. Um sorriso que parecia transcender qualquer sentimento negativo. Uma ou duas palavras trocadas, um abraço forte...Abraço demorado, gostoso, que lhe lembrou um sonho recente. Mais uma vez olhos nos olhos e o encontro rápido dos lábios. Por fim a despedia.
Caminhou pela rua deserta envolvida naquela sensação de ter ganhado e perdido algo muito importante em menos de um minuto. Sentiu os pingos da chuva no seu rosto e teve vontade de voltar, mas sua razão não permitiu. Deitou sem sono, olhou para o céu mais uma vez, nenhuma estrela, céu nublado como seus sentimentos, adormeceu.
Os dias que se seguiram foram um misto de ansiedade e decepção. Coisas do coração, coisas que vem e vão, rápidas como chuva de verão, intensas como o som daquela noite que ainda envolvia seu coração. Sons que não a deixavam esquecer daquela sensação,  daqueles olhos que já lhe pareciam tão familiar.
A ela sobrou apenas a esperança de dias com novas canções. Ao destino a escolha de lhes proporcionar um novo encontro, o que até onde sei nunca aconteceu.
Seria uma linda e romântica história, não fosse pelo bilhete esquecido no chão. Seria o encontro de possíveis almas em desalinho, não fosse pelo silêncio que ocupou todos os dias que se seguiram. Seria um amor para recordar, não fosse por aquele desafinado coração que depois de outra corda estourada provavelmente se enganou outra vez...




Ilustração de: Joa de Arievilo (http://pinturasdejoa.blogspot.com.br)

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Saudade não sei de que...


"Eu ouvi você
me dizer que sim
mas era silêncio o que havia
quando dei por mim..."
(Adriana Calcanhotto)

Já faz alguns dias que tenho vivenciado uma sensação estranha e que tem me causado inquietude. Acordo, vivo e durmo com uma sensação de nostalgia que não sei explicar. É uma saudade doída, intensa e sem dono.
Por vezes tenho a sensação de ser saudade de algo que ainda não vivi, ou já vivi em uma outra existência, outro plano, como se buscasse a cada segundo do dia um reencontro, uma vivência que tem me causado ansiedade e tristeza em alguns momentos.
É a sensação constante de que a qualquer momento essa saudade vai ser saciada, seja em um esbarrão ao virar a esquina, ou em uma conversa no elevador. É como se quando menos se esperasse o motivo de tanta nostalgia se apresentasse com forma e nome definido bem na minha frente, me fazendo entender o porquê de tanta ansiedade.
Acontece que enquanto isso não ocorre, fico brigando com meus sentimentos, com medo de estar enlouquecendo a cada dia que vou me deitar e penso em alguém que não existe. E penso com tanta propriedade que é como se ele estivesse apenas viajando e em breve retornará, entrando pela porta da frente com um sorriso nos lábios.
Já tive sonhos incríveis com esse alguém, em uma única vez consegui observar bem seu rosto, mas ao acordar a fisionomia foi desaparecendo e a saudade que antes tinha cara, hoje não tem lenço, nem documento, só tamanho e este tem aumentado a cada dia.
O problema maior, é que não existe ninguém que se enquadre nessa saudade. Não é saudade de família, de amigos, de um amor, não é saudade de um lugar, de uma coisa, de um momento. É uma vontade de viver algo que eu nem sei o que é. Não gosto de me sentir assim, não gosto de nada que foge do meu controle, que me faz mais insegura, além do que já sou costumeiramente.
Ontem passei boa parte da noite pensando nisso, tentando identificar a quem esse sentimento pertence. Tentei fazer ligações com pessoas do passado, do presente, mas descobri que esse sentimento é meu e de mais ninguém.
É uma vontade de viver algo intenso, é a necessidade de um toque, de um afago, de uma palavra que não pode ser substituída, que não pode ser teatralizada, pois ainda não foi inventada, não aconteceu.
Será que alguém já sentiu isso antes? É como se eu morresse de saudade, um pouquinho a cada dia, do que era para me fazer viver.
A verdade é que tem um espaço aberto, vazio e que parece estar longe de ser preenchido. Creio que apenas uma pessoa chegou bem perto de fazer deste seu espaço cativo, as demais rodearam aqui e ali, mas não permiti que entrassem, não demonstraram vontade, nem interesse em viver o que é muito maior que um simples enredo de romance.
Hoje, neste momento, eu desejo que esta saudade passe. Desejo não ter mais saudade sem motivo, sem ter em quem pensar, ou do que lembrar por que isso além de muito estranho, é triste.
Espero que esta saudade vá embora rápido, galopando, espero que ela suma de vez, de preferência substituída por momentos reais que podem até se tornar lembranças futuramente, mas neste caso, a saudade que pode aparecer virá acompanhada de cor, cheiro, cara, nome e sobrenome, e desta saudade eu até sinto saudade...
O problema mesmo é quando permanece essa saudade sem que, nem por quê...Esta saudade não sei de que...