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quinta-feira, 22 de março de 2012

O retorno!


Confesso que ficar dois meses afastada desta coluna me proporcionou sensações contraditórias, mas ao mesmo tempo necessárias. Precisava de um fôlego, de um tempo para respirar e colocar as ideias no lugar antes de trazê-las ao papel novamente. Necessitava de um momento íntimo, só meu, onde pudesse desabafar minhas emoções sem compartilhá-las com ninguém, de uma forma assim meio rude, mas que me garantiria a segurança de não ter deixado nada por dizer com medo de ser forte demais, estranho demais ou simplesmente incompreensível.
A escrita é assim. Possibilita um mar de oportunidades, podemos extravasar emoções, pontuar dificuldades, compartilhar aprendizados, arriscar conselhos e orientações, tudo da forma mais clara possível, mas mesmo assim, mesmo quando se escreve exatamente o que se quer dizer, ainda é possível causar má impressão, ou deixar subentendida alguma mensagem que faça o leitor imaginar tudo e mais um pouco, indo muito além do que se rabiscou no papel.
Por essas e outras é que já estava mesmo precisando de um respiro. De um tempinho só para mim e para meus achismos. Mas como todos sabem, escrever para mim é terapia e mesmo nestes meses de ausência não me abstive de escrever textos e mais textos que em algum momento, serão compartilhados aqui, nem todos eu afirmo, mas a maioria deles.
Fiquei extremamente surpresa no mês passado quando em visita a terra natal fui abordada por uma senhora que me pedia para voltar a escrever, dizia sentir falta das minhas histórias. Disse que conseguia viver cada uma delas e isso a deixava mais animada para começar a semana. Foi então que a questionei sobre os textos tristes ou que tratam de desilusões e ela afirmou que mesmo desses sentia falta, pois a fazia relembrar o passado.
Na mesma semana a vendedora de uma loja da pequena cidade disse que sempre ria das minhas histórias e que um de meus textos tinha sido levado para a sala de aula onde serviu de exemplo aos demais alunos, dizia que a professora me descreveu como alguém que sabia escrever com emoção.
Se já estava com vontade de retornar, esses encontros foram cruciais para que me motivasse a fazê-lo com urgência. Percebi que a identificação que meus textos causam nas pessoas, nada mais é do que o encontro de histórias que mesmo distantes, mesmo sem vínculo algum acabam passando pelas mesmas encruzilhadas, pelos mesmos obstáculos e conquistas diariamente.
Acontece que algumas pessoas preferem omitir suas idas e vindas, às vezes por medo, vergonha ou por não saber fazê-lo, e quando conseguem se encontrar nas minhas linhas tortas começam a acreditar que também podem compartilhar suas histórias, mesmo que seja de forma rápida quando me encontram na fila do mercado, ou no balcão de uma loja, pois percebem que não estão sozinhas em suas percepções e sentimentos.
E é por isso que retomo hoje esse nosso diálogo, com a promessa de muitas novas histórias que servirão para compartilhar minhas conquistas, lágrimas, risos ou desilusões, e sobretudo, soarão como uma conversa franca, entre pessoas que mesmo que nunca se viram, dia ou outro acabam vivendo e relembrando as mesmas histórias...

2 comentários:

Fernanda disse...

Eh!! Que bom que está de volta!! Bjbj

Luis F. disse...

Eu digo o mesmo que a Fernanda! Estava sentindo falta de ler uma boa crônica nos finais de semana!

Bjos!