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sábado, 24 de julho de 2010

A ponte caiu! É verdade!

Pode dizer que não é possível, que só podia ser comigo, que você só acreditaria se visse com seus próprios olhos e que se contar ninguém acredita, mas o fato é que foi tudo verdade. Mais uma vez presenciei uma situação que pode parecer incrédula para muitos, mas para mim foi só mais um sustinho, e desta vez com inúmeras testemunhas.
Tinha tudo para ser uma deliciosa festa Julina, regada a muita comida típica, barracas de brincadeiras, música caipira e quadrilha. Seria um encontro entre jovens de vários bairros da cidade, participantes de um dos programas que acompanhamos no trabalho. E na verdade foi assim mesmo que começou. Uma grande festa Julina, que reuniu além dos técnicos, cerca de setenta jovens.
Minha aventura começou logo na saída do bairro para o local onde seria a festa. Sabe como é moçada, não é? Ficaram em um alvoroço para se arrumar e tirar foto antes de sair que dava até medo. Reuniram-se todos na frente do prédio e fui tirar uma foto do grupo de treze jovens que me acompanhavam, quando um dos garotos levantou o braço e acertou o nariz de uma das meninas.
Pronto, aqui começa a grande história. Foi uma correria só, ela com o nariz sangrando, a boca inchada correndo para o banheiro, ele atrás pedindo desculpas, o restante do grupo tirando sarro e eu correndo de cá e de lá como uma barata tonta. Entre mortos e feridos, felizmente, salvaram-se todos e finalmente conseguimos entrar na van e seguir viagem.
Viagem sim, não foi exagero nenhum. Quase trinta minutos em uma van lotada com treze adolescentes cantando funk, dando gargalhada, mexendo com as pessoas na rua e escutando bronca do motorista. Pareceu uma eternidade, mas enfim chegamos.
O local da festa estava uma beleza, todo enfeitado com bandeirinhas coloridas, com barracas de pescaria, argola e no salão uma imensa mesa com deliciosos quitutes. Confesso que matei a saudade do lugar, pois a festa foi realizada no meu antigo local de trabalho. Revi meus colegas de trabalho, a população que atendia, soube de algumas fofocas, dei muitas risadas e tudo ia muitíssimo bem até que...
Não, não foi uma ponte que caiu. Foi quase isso. Um eucalipto, enorme, com mais de cinco metros de altura, que já tinha chamado minha atenção ao entrar no prédio, por estar tortinho, nos causou uma grande dor de cabeça.
Não sei por que, nem por quem o corpo de bombeiros decidiu aparecer bem no meio da nossa Festa Julina e pedir a evacuação do prédio em um (isso mesmo, um) minuto, pois havia risco eminente de queda da gigantesca árvore, sobre o prédio onde a festa acontecia.
A notícia foi dada a uma amiga de trabalho que conseguiu manter a calma e chamou o restante das técnicas para uma reunião de meio segundo. Cada qual reuniu seu grupo e com toda a calma do mundo fomos retirando os setenta jovens do prédio que logo em seguida foi interditado.
Claro que não foi assim tão simples, já que precisávamos salvar a festa, e ai é que a correria começou, caixa de pipoca de cá, formas de bolo de lá, potes de paçocas acolá, uma correria daquelas para tentar resgatar pelo menos o espírito caipira, já que a decoração, as barracas e o som estavam perdidos.
Conseguimos um salão emprestado para dar continuidade à festa, mas antes disso ficamos andando com os jovens de um prédio a outro tentando mantê-los unidos e tranquilos. O outro espaço era bom, mas não teve mais tanta graça, nem parecia mais uma festa Julina, afinal o essencial, o suor de quem havia preparado tudo, tinha ficado lá, trancado no prédio, no suspense do eucalipto cai ou não cai.
Ainda assim foi uma festa deliciosa, e mesmo sem as roupas típicas e o lugar enfeitado aconteceu a famosa quadrilha. Entrei nessa dança também e quase morri de rir ao escutar alguém gritar: A ponte caiu! É mentira, seguido por: O eucalipto caiu! É verdade!
Não pude ver a queda do gigante, pois precisei retornar ao bairro com os jovens, mas me disseram que foi até bonito. Os moradores todos em volta do carro de bombeiros, observando enquanto a árvore era derrubada, ao som de um longo grito de: Madeeeiraaaaaaaaaa.
E foi assim que se encerrou uma das mais estabanadas e divertidas festas julinas da minha vida. E viva São Pedro!

Ilustração de: Gabriel Vicente.

domingo, 18 de julho de 2010

Supermercado realmente é isso!


A cena se repete, praticamente um ano depois. Lembro-me de ter publicado algo aqui no ano passado a respeito das filas de supermercado e da má impressão que tenho deste estabelecimento, principalmente pela falta de respeito dos clientes e excesso de paciência dos funcionários.
Pois bem, novamente pude confirmar minha teoria de que os supermercados são locais extremamente apropriados para surtos.
Quarta-feira cheia, com cara de segunda por excesso de trabalho e gosto de sexta pelo acúmulo de cansaço. Dia chuvoso, frio, um dia daqueles. Perfeito para ficar em casa, enfiado embaixo do cobertor, com uma caneca de chocolate quente do lado e o controle da televisão do outro.
Mas como ainda não ganhei na mega-sena nem fiquei famosa a ponto de poder trabalhar em casa, ou rica a ponto de deixar de trabalhar, não tive escolha. Reforcei o agasalho, peguei meu velho guarda-chuva e fui trabalhar às sete da manhã.
Sim, me molhei, mais uma vez. Sim, tinha um monte de gente me esperando quando cheguei. Sim, mais uma vez não consegui sair no meu horário. Sim, só para variar perdi o ônibus de costume e tomei mais chuva enquanto esperava a outra condução. Sim, precisei passar no supermercado antes de ir para casa, por fortes motivos, estava quase sem comida depois do longo feriado.
Felizmente tenho um supermercado próximo de casa. Infelizmente ele atende varejo e atacado. Felizmente ele tem ótimos preços. Infelizmente vive cheio por conta disso.
Hoje não foi diferente. Antes de entrar analisei todos os caixas e me dediquei a pegar apenas o necessário para hibernar por todo o resto da semana, tentando assim fugir das filas. Mas nem tudo é tão simples assim, especialmente em dias de chuva. A impressão que tenho é que as pessoas precisam de algum lugar para se esconder e se enfiam no supermercado, abarrotando os corredores e enchendo as filas do caixa.
Juro que não demorei mais do que 15 minutos para escolher tudo o que precisava, uns 6 itens no máximo. Corri para a fila do caixa rápido, onde tinha uma cartolina amarela com os dizeres: de 8 a 14 volumes no máximo e ali fiquei. Na minha frente uma mulher com um carrinho cheio, fiz questão de contar os volumes enquanto ela os tirava do carrinho e colocava no caixa: 43 no total.
Na mesma hora pensei, ou ela não sabe ler, ou não tem vergonha. Respirei fundo e disse:
- Senhora, este caixa é rápido. No máximo 14 volumes.
- E quem foi que disse?
Percebi que ela não era boa gente para um papo amigável, mas ainda assim me mantive firme:
- O cartaz disse e eu estou dizendo.
- E quem você pensa que é?
Nesse momento a operadora de caixa e os outros clientes na fila arregalaram os olhos na minha direção à espera de uma boa resposta. Confesso que me arrependi de tentar exercer meus direitos, mas lembrei-me de todo discurso dito aos usuários pela manhã e continuei:
- Sou apenas uma cliente, como a senhora e todos os demais que aqui estão e que querem ser respeitados, inclusive no meu direito de ter atendimento rápido, no caixa indicado para esse fim.
- Olha aqui menina, cuida da sua vida que da minha cuido eu.
Com vontade de derramar um litro de leite na cabeça da adorável senhora, respirei fundo, mantive a calma, olhei para a operadora de caixa e disse:
- Eu não vim aqui para discutir com ninguém, muito menos para te prejudicar, mas no mínimo tinha que ter um funcionário para orientar as pessoas que não leêm os cartazes a pegar outra fila e respeitar o caixa rápido, porque não é a primeira vez que isso acontece e tudo o que eu quero é cuidar da minha vida, mas para isso preciso pagar minhas compras e sair daqui.
A distinta senhora na minha frente não disse mais nada, pegou as compras e foi embora, já a funcionária do supermercado engoliu em seco e disse:
- Sabe o que é moça, se a gente fala que tem mais volumes eles brigam com a gente e mandam chamar o gerente e nesse caso sobraria é para mim.
Pois é, se não sobrou para ela, nem para a educada senhora que não respeitou as regras, muito menos para o supermercado, na certa tinha que sobrar para alguém, ou seja, para mim.
Os demais clientes murmuravam aqui e ali alguma coisa, mas nenhum deles atreveu-se a interferir na discussão, mesmo aqueles que concordavam comigo e sentiam-se tanto quanto eu injustiçados. Talvez por achar que não tinham direito de interferir na vida dos outros, ou por já ter feito isso antes e entender a digníssima senhora, ou quem sabe por simplesmente não saberem reivindicar seus direitos.
O que eu ganhei com isso? Aborrecimento antes de tudo, mas principalmente consegui reforçar meus valores, meus princípios e não há nada mais importante do que isso. Pude ser eu mesma, pude demonstrar com educação minha indignação e mostrar que existem outras formas de agir e de pensar. Se foi bom ou não para o supermercado ou para os outros clientes eu não sei, mas para mim foi ótimo.
Ah! Só para constar, você acredita que a distinta senhora estava comprando, além de um monte de comida e bobagens, 8 potes plásticos e 2 formas para bolo? Bem na minha frente, numa quarta-feira chuvosa e no caixa rápido. E isso é dia de comprar forma para bolo?! Só para tomar meu tempo mesmo... Elaiá!


Ilustração de: Gabriel Vicente.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Morrer de amor?!


Certa vez me disseram que quando arrumasse um namorado não teria mais assunto para escrever. Admiti na ocasião que escrevia muito mesmo sobre relacionamentos, talvez por estar em um momento de intensa decepção afetiva, ou pelo simples fato de me serem apresentadas situações dignas de relato.
Depois de tanta decepção meu coração está ocupado e ainda continuo, felizmente, tendo assunto para escrever, que bom! E isso significa que a vida não é feita só de amor ou da falta dele.
Significa ainda que ninguém morre de amor. Sei que existem muitos crimes motivados pela passionalidade, por um amor não correspondido, por ciúme, traição ou quiça simples obsessão. Mas de amor, de amor mesmo acho que nunca ninguém morreu.
Quando falo em morrer de amor, refiro-me aquela dor que chega a afundar o peito, fazendo faltar o ar toda vez que se lembra do ser amado que se foi. Aquele sentimento esquisito que consome a alma e nos faz parecer insignificantes diante da imensidão do mundo. Aquela sensação de que nunca mais será possível amar outra vez e que a vida definifivamente perdeu seu sentido. Sabe do que estou falando, não é?
Creio que sim. Difícil encontrar alguém que nunca sofreu por amor. Homens, mulheres, jovens, idosos, todos sofrem por amor. Seja por falta ou excesso dele, seja por tê-lo encontrado ou perdido, o fato é que todo mundo já sentiu esta dor, mas morrer de amor, morrer mesmo, bem acho que de amor ninguém morreu.
Ou achava. Até encontrar um artigo da BBC News, de 2007, onde pesquisadores da Universidade de Glasgow na Escócia, afirmam: Morrer de amor é possível. Na matéria em questão os pesquisadores divulgam o resultado de pesquisa baseada na evolução do relacionamento de quatro mil casais com idade entre 45 e 64 anos de idade, entre o início da década de 70 e 2007, onde afirmam que o coração destroçado pela perda da pessoa amada pode conduzir a morte: “Comprovamos que a dor do impacto da perda somada aos fatores individuais pode sim aumentar os riscos de mortalidade dos viúvos” – assegura a Dra. Carole Heart, chefe da equipe.
Depois desta notícia dediquei um pouco de meu tempo para encontrar mais informações sobre o assunto e encontrei vários relatos de casais que faleceram no período de até seis meses em relação a morte do companheiro, além disso, li algumas pesquisas que vinculam o surgimento de doenças mentais e até mesmo câncer a perda da pessoa amada, seja por luto ou divórcio.
Ao terminar a pesquisa fiquei pensando no quanto é perigoso amar. Não é atoa que tanta gente abdica deste sentimento e prefere a solidão ou breves relacionamentos a dedicar-se a pessoa amada. O índice de rejeição afetiva e de retorno de seus sintomas é muito alto, uma vez sentido na certa não demorará muito para recobrar o gosto amargo da desilusão, a não ser é claro que se encontre o amor correspondido, mas isso já é assunto para outro texto.
Toquei neste delicado assunto, pois tive o prazer de conhecer um homem com o coração partido hoje. Não me entendam mal. O prazer foi por saber que ainda existem homens que amam e que sonham com um amor para a vida toda, e não pela desilusão que me foi apresentada.
Tinha tudo para ser um atendimento de dez minutos, apenas uma breve orientação, mas sabe-se lá porque ele utilizou minha sala para desabafar. Não era jovem, nem velho, devia ter no máximo uns cinquenta e cinco anos, cabelo quase grisalho, bigode, rosto magro e sisudo. Não parecia ser de muita conversa, mas foi tocar no assunto estado civil para que ele começasse:
- Sabe moça, até uns dez dias atrás eu era casado. Vivi por trinta anos com a mesma mulher, nunca brigamos. Tivemos seis filhos fortes, mas ela quis separar. Sei lá o que aconteceu, acho que ela encontrou outra pessoa, não era mais feliz comigo, na verdade ainda não entendi direito. Olha para te falar a verdade foi duro aguentar. Hoje que consegui sair de casa, estou me acostumando, mas que é duro é. Ela era minha mulher. Mas talvez a culpa tenha sido minha, eu nunca fui muito de falar o quanto ela era uma boa mãe, uma boa mulher, quando ela cortava o cabelo e fazia a unha ou colocava um vestido de estampa azul que eu acho lindo. Nunca falei isso para ela, mas agora já é tarde. Fazer o quê!
Deixei ele falar tudo o que queria. Se não tinha podido desabafar para a esposa, quem sabe poderia aliviar ali a dor no peito. Escutei histórias lindas e outras tristes dos dois e fiquei pensando se esse amor ainda seria capaz de matar esse homem.
Imaginei o quanto deixamos de amar e ser amados por não falar. Por deixar um elogio para mais tarde ou um convite para semana que vem. Por não ouvir as reclamações do outro ou por escutar mais a televisão do que o companheiro.
Esta história serviu de lição para mim e poderia ser mandada para o mundo todo que com certeza seria aproveitada por alguém. Espero que tenha feito algum sentido para você também e, sobretudo que tenha te dado ânimo para falar mais, olhar mais, elogiar mais a pessoa que se dedica a você.
Em uma simples palavra creio que pode estar a salvação para um relacionamento e arriscaria ainda dizer, para evitar mortes prematuras e corações partidos.
Ilustração de: Gabriel Vicente.

domingo, 4 de julho de 2010

Gorda, gordinha, gordona


Jussara é uma moça jovem, bem clarinha, olhos verdes, sorriso largo e uma preocupação constante: perder peso. Vive obcecada pela perda de peso há aproximadamente três anos.
Não somos amigas, tão pouco a conheço muito bem, mas hoje pude conversar com ela por pouco mais de trinta minutos e escutá-la dizer por muito mais que trinta vezes o quanto precisava perder peso.
Contou-me que engordou dezessete quilos em um mês e ao mesmo tempo foi tirando fotos e mais fotos da bolsa, mostrava-me aflita o quanto era magra aos treze, aos dezoito, aos vinte e dois e aos vinte e três anos. E em seguida apontava-se e dizia : Mas agora olha isso!
Confesso que o sobrepeso de Jussara era visível, mas nada demais, já vi pessoas bem mais gordas que aquela moça e aquela ânsia pelo peso começou a me incomodar.
Falou que já fez milhões de dietas, já foi ao médico, já tomou remédios e nada adiantou. Esbravejou que o Centro de Saúde ainda não tinha liberado seus exames, pois na certa finalmente deviam ter encontrado a causa de seu aumento de peso.
Colocou a culpa na gestação e no mesmo instante desculpou-se: Todo mundo tem uma desculpa, não é? Essa bem que podia ser, mas não é a minha. Meu filho, tadinho, é um anjo não me causou esse mal.
E eu ali, meio sem saber o que falar quando ela me perguntava: Estou muito gorda, preciso emagrecer, não acha?
Questionei se ela tinha algum problema de saúde e ela negou todos, nada de colesterol alterado, nem diabetes, nem alteração hormonal ou hipertensão, nadinha que justificasse a preocupação incessante com a perda de peso.
Justificou a incompreensão do peso atual com seu cardápio saudável diário, detalhado item a item e por fim culpou o marido por sua “desgraça”: Quando separei dele perdi muito peso, mas foi só voltar para ganhar tudo outra vez. Voltar com marido engorda. Você tem marido?
Nem me atrevi a responder e tentando auxiliá-la a entender a causa de seu ganho de peso sugeri que passasse em atendimento psicológico. Mas que falha a minha, no mesmo instante ela me lembrou de que o problema dela era o peso e não a cabeça: Psicóloga para quê? Meu problema é com nutricionista, mas nenhuma delas acertou até hoje. Você conhece alguma boa?
Conheço várias pensei, inclusive uma de minhas melhores amigas, mas nem me atrevi a responder, pois definitivamente não poderia ajudar Jussara a perder seu excesso de peso. Não só pela minha falta de conhecimento específico no assunto, ou pelo excesso de compreensão com sua preocupação, mas principalmente pelo simples fato deste ser praticamente a única razão de sua vida neste momento.
Tirar de Jussara seu peso extra seria como tirar-lhe a vida. Só seria prudente tal ação depois de mostrar-lhe quantas coisas boas ela tem e que tornariam esta obsessão obsoleta.
Jussara é jovem, apesar do sobrepeso tem saúde, tem um filho lindo, tem um emprego, lindos olhos verdes e um sorriso contagiante, apesar de raro. Jussara poderia conquistar o mundo, mas para que isso ocorra, precisa antes de perder peso ganhar auto-estima.
Conheço muitas Jussaras e com certeza você conhece tantas outras, para esta marquei um atendimento de retorno para fortalecer o vínculo, ganhar sua confiança, mas para as outras gordinhas, gordas e gordonas resta a (falta de) atenção, desta sociedade que insiste em viver na era da revolução da beleza.
Para que perder peso quando se é feliz? Antes de perder peso e ganhar auto-estima, creio que Jussara precisa reencontrar a felicidade, nos olhos do filho, no abraço do marido ou no apoio de tantas mulheres que não se sentem completamente perfeitas com seu corpo, mas que como eu, conseguem viver perfeitamente bem com uns quilinhos a mais, sem se importar com as modelos de revista e com as artistas globais.
Jussara não feche a boca, abra, mostre seu sorriso lindo. Não feche os ouvidos, abra-os, e escute os incentivos e bons conselhos. Não feche os olhos, abra-os diante do espelho e descubra a maravilhosa mulher que existe em você.
É isso, para o ouvido mais perto que é o meu e para todas as Jussaras desta vida...
Ilustração de: Gabriel Vicente.