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domingo, 22 de junho de 2008

Sentimentos nobres! Sim, eles ainda existem...




Começo a acreditar que o fato de ser chamada de doida por uma amiga queira realmente significar alguma coisa. Sair de casa em um sábado, numa noite muito fria para encontrar alguém que eu nunca tinha visto, realmente não é algo muito natural.
Você pode até me dizer que a humanidade está assim mesmo, maluca e, que é natural encontrar com estranhos depois de 20 minutos teclando em um site de relacionamento, ou que ainda é comum você querer sair numa noite fria de sábado para tentar acalmar seu coração, mas sobretudo, sua curiosidade. Realmente serei obrigada a concordar com você, contudo, o que me pergunto é: de onde vem tanta loucura?
Talvez da vontade de ser surpreendida por coisas simples, ou de despertar algum sentimento nobre escondido depois de uma decepção ou um sofrimento grande demais. Talvez do compromisso com seu amor- próprio e de ser brasileiro, ou seja, de não desistir nunca ou ainda pela vontade incontrolável de saciar sua curiosidade.
E como somos curiosos! Tudo é motivo para um por quê, ou um e aí ? A humanidade não é maluca, é sim, curiosa. A curiosidade faz com que as pessoas cometam loucuras.
Quantas vezes por não se agüentar de curiosidade você não tomou uma atitude precipitada ou cometeu algum erro? Eu poderia enumerar diversos acontecimentos, mas hoje me prendo a este, um encontro, num lugar conhecido, com um desconhecido e por quê?
Bem, porque precisava matar minha curiosidade.
Mas e ai?
E ai que me surpreendi.
Na verdade é isso que acontece. As pessoas querem matar sua curiosidade, mas, sobretudo precisam surpreender-se. A surpresa é que controla as mazelas da humanidade, ressalvo, a surpresa boa, é ela que salva o mundo da loucura que leva ao crime ou ao descontrole. As surpresas agradáveis quebram ciclos de violência, de tragédias e, sobretudo dão espaço ao novo e à esperança.
Ter saído de casa na noite fria, com uma intensa curiosidade e aquela vontade de dessa vez surpreender-se para valer, fez daquele momento único. Único, pois permitiu que eu observasse cada detalhe, os olhos pretos e puxados, a boca pequena que escondia um sorriso encantador, as mãos pequenas e bem cuidadas, o colar no pescoço e a pulseira escondida embaixo do agasalho, que devem ter tantos significados para ele, os óculos que iam e vinham no seu rosto. Mas mais que isso, me permitiu encontrar uma pessoa boa, no meio de tantos desencontros.
Gestos delicados, palavras gentis e carinhosas, bom humor, é... aquela pessoa deveria ser mesmo especial. Mas basta que uma surpresa boa aconteça para que você logo se pergunte: mas será? Será real? Será verdade? Será que mereço?
E eu te respondo, com toda a certeza, você merece. E merece mais. Merece ser olhada daquela forma todos os dias da sua vida, receber todos os elogios do mundo, ganhar rosas e chocolates (sem se preocupar com as calorias que eles te trarão), receber serenatas e poesias com seu nome, ou deixar ser conquistada todo dia. Contudo, você só receberá isso, ou um terço disso quando achar que realmente merece. E para isso você precisa resgatar uma coisa simples e que vive esquecida na maioria das pessoas, o amor-próprio.
O resgate desde sentimento nobre, lhe permite ser nobre com outros sentimentos, inclusive com um bem famoso, um tal de amor, que você já deve ter ouvido falar.
E foi assim, resgatando meu amor-próprio, me deixei surpreender. Foi neste resgate que deixei de escolher, de tentar otimizar para simplesmente deixar acontecer. E foi nesse momento que fui escolhida.
- Eu escolhi você.
- Me escolheu? Como assim?
- Te escolhi pra te fazer feliz.
- Isso é uma promessa?
- Sim.
- Então vou te cobrar até o último dia da minha vida.

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