
Tentando entender a vida, as pessoas e, mais uma vez, a humanidade, comecei a me descobrir. Foi nas idas e vindas da vida que descobri que era muito mais que uma mulher independente e moderna. Descobri que era frágil, sensível e carente também. Descobri que tinha uma co-dependência de outros em minha vida e que viver sozinha era algo mesmo muito complicado.
Mas sabe como é, quanto mais você observa o outro e tenta entendê-lo, mais ele diz coisas sobre você mesmo. Quando o destino, sem pedir permissão, me colocou numa cidade quilômetros de distância da minha e disse para eu me virar, tive que arregaçar as mangas e ir à luta. Foi nesse mesmo instante que levei um dos maiores tombos da minha vida.
Um dia você está bem, trabalhando, estudando, namorando, e no outro tem que mudar de cidade, perde a bolsa de estudos e o namorado, que vai viajar para bem longe. Então, você se agarra no novo emprego – a única coisa que te restou, e não desanima. Antes, contudo, precisa curtir uma fossa daquelas e passar por umas sessões de terapia. Mas em compensação faz novos amigos e conhece um outro amor.
Esse amor era o que busquei minha vida toda e nunca tinha conseguido encontrar, procurava nos olhos de algumas pessoas especiais, nas ruas e padarias e nos catálogos de perfumaria, mas nada de encontrá-lo. Sujeitinho difícil, eu pensava, será que ele existe mesmo? Olhava por todos os lados e até ouvia algumas mulheres dizer que o haviam encontrado, mas onde, eu me questionava. Até dentro dos vidros de açúcar da cozinha eu procurei, mas nada de encontrar esse doce amor.
Até que um dia, cansada de procurar de cá, de lá, aqui e acolá parei de olhar para desconhecidos e comecei a olhar pra alguém mais importante, aliás, a pessoa mais importante da minha vida e que esteve ali, o tempo todo e eu nem notara. E o primeiro local em que nos encontramos foi no espelho. Olhando pra o espelho achei meu maior amor.
Conheci meu amor-próprio, me apresentei a ele e pedi licença ao destino, pois agora estava mesmo disposta a cuidar da minha vida. E foi assim que comecei a olhar a vida, as pessoas e a humanidade com outros olhos. Foi aqui que comecei a ser prioridade não na vida de outras pessoas, mas na minha própria vida. Cuidar de nós mesmos é bom, aliás, muito bom e nos mostra o quanto somos belos e o quanto podemos cativar.
Aberta ao mundo para novos conhecimentos, novos gostos, sabores e dissabores, também me abri para outros relacionamentos. Conheci algumas pessoas interessantes, mas como era dona do meu destino não me atrevi a escolher ninguém, pois ainda achava que não era a hora, ou por que achava que merecia alguém mais especial.
E quando eu menos esperava, escutei minha mãe murmurando no meu ouvido: quem muito escolhe, acaba escolhida. Fim de assunto. Foi isso mesmo que aconteceu. Acabei escolhida. Dei uma brecha ao destino e ele realizou mais uma de suas artimanhas. Colocou uma pessoa bem especial na minha vida. Tive como promessa ser feliz para sempre, gostei da idéia e aceitei.
Antes, porém, tentei me certificar de que era mesmo real, de que desta vez estava pisando em chão firme. Com atitudes, palavras e incansáveis demonstrações de carinho fui acreditando que podia mesmo ser real, que poderia mesmo merecer tudo aquilo e ser feliz para sempre.
Então, esperei o momento certo (e o dia de Santo Antônio, me pareceu um bom dia, afinal, dizem por aí que ele é um santo casamenteiro) e aceitei o pedido de namoro que seria o início da mais bela, curta e decepcionante história de amor da minha vida.
Em menos de dez dias o encanto se quebrou, todo o carinho e vontade de fazer dar certo se tornaram dúvida e confusão. Na verdade, acho que participei (sem saber) de uma espécie de “jogo da conquista”, mas por acreditar que daria certo me deixei conquistar cedo demais e fui desclassificada. Restou-me, então, mais uma vez olhar para o espelho e agarrar-me ao meu verdadeiro e único amor.
Não me arrependo de ter vivido esta curta história, pois apesar de breve me deixou ótimas recordações, além de mais uma cicatriz, que me lembrará de como o amor é dolorido às vezes. E hoje, fortalecida, certa de que ainda viverei muitas histórias de amor e de que ainda irei colecionar muitas cicatrizes deixo, com carinho, lembranças a este alguém, que me escolheu para viver ao seu lado o mais breve “para sempre” de toda minha vida.
Mas sabe como é, quanto mais você observa o outro e tenta entendê-lo, mais ele diz coisas sobre você mesmo. Quando o destino, sem pedir permissão, me colocou numa cidade quilômetros de distância da minha e disse para eu me virar, tive que arregaçar as mangas e ir à luta. Foi nesse mesmo instante que levei um dos maiores tombos da minha vida.
Um dia você está bem, trabalhando, estudando, namorando, e no outro tem que mudar de cidade, perde a bolsa de estudos e o namorado, que vai viajar para bem longe. Então, você se agarra no novo emprego – a única coisa que te restou, e não desanima. Antes, contudo, precisa curtir uma fossa daquelas e passar por umas sessões de terapia. Mas em compensação faz novos amigos e conhece um outro amor.
Esse amor era o que busquei minha vida toda e nunca tinha conseguido encontrar, procurava nos olhos de algumas pessoas especiais, nas ruas e padarias e nos catálogos de perfumaria, mas nada de encontrá-lo. Sujeitinho difícil, eu pensava, será que ele existe mesmo? Olhava por todos os lados e até ouvia algumas mulheres dizer que o haviam encontrado, mas onde, eu me questionava. Até dentro dos vidros de açúcar da cozinha eu procurei, mas nada de encontrar esse doce amor.
Até que um dia, cansada de procurar de cá, de lá, aqui e acolá parei de olhar para desconhecidos e comecei a olhar pra alguém mais importante, aliás, a pessoa mais importante da minha vida e que esteve ali, o tempo todo e eu nem notara. E o primeiro local em que nos encontramos foi no espelho. Olhando pra o espelho achei meu maior amor.
Conheci meu amor-próprio, me apresentei a ele e pedi licença ao destino, pois agora estava mesmo disposta a cuidar da minha vida. E foi assim que comecei a olhar a vida, as pessoas e a humanidade com outros olhos. Foi aqui que comecei a ser prioridade não na vida de outras pessoas, mas na minha própria vida. Cuidar de nós mesmos é bom, aliás, muito bom e nos mostra o quanto somos belos e o quanto podemos cativar.
Aberta ao mundo para novos conhecimentos, novos gostos, sabores e dissabores, também me abri para outros relacionamentos. Conheci algumas pessoas interessantes, mas como era dona do meu destino não me atrevi a escolher ninguém, pois ainda achava que não era a hora, ou por que achava que merecia alguém mais especial.
E quando eu menos esperava, escutei minha mãe murmurando no meu ouvido: quem muito escolhe, acaba escolhida. Fim de assunto. Foi isso mesmo que aconteceu. Acabei escolhida. Dei uma brecha ao destino e ele realizou mais uma de suas artimanhas. Colocou uma pessoa bem especial na minha vida. Tive como promessa ser feliz para sempre, gostei da idéia e aceitei.
Antes, porém, tentei me certificar de que era mesmo real, de que desta vez estava pisando em chão firme. Com atitudes, palavras e incansáveis demonstrações de carinho fui acreditando que podia mesmo ser real, que poderia mesmo merecer tudo aquilo e ser feliz para sempre.
Então, esperei o momento certo (e o dia de Santo Antônio, me pareceu um bom dia, afinal, dizem por aí que ele é um santo casamenteiro) e aceitei o pedido de namoro que seria o início da mais bela, curta e decepcionante história de amor da minha vida.
Em menos de dez dias o encanto se quebrou, todo o carinho e vontade de fazer dar certo se tornaram dúvida e confusão. Na verdade, acho que participei (sem saber) de uma espécie de “jogo da conquista”, mas por acreditar que daria certo me deixei conquistar cedo demais e fui desclassificada. Restou-me, então, mais uma vez olhar para o espelho e agarrar-me ao meu verdadeiro e único amor.
Não me arrependo de ter vivido esta curta história, pois apesar de breve me deixou ótimas recordações, além de mais uma cicatriz, que me lembrará de como o amor é dolorido às vezes. E hoje, fortalecida, certa de que ainda viverei muitas histórias de amor e de que ainda irei colecionar muitas cicatrizes deixo, com carinho, lembranças a este alguém, que me escolheu para viver ao seu lado o mais breve “para sempre” de toda minha vida.