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sábado, 24 de dezembro de 2011

Previsões para um Ano Bom...


Creio que muitos de vocês já perceberam meu interesse por prever o futuro e minha insistência em conseguir tal proeza, seja através de uma cartomante, por intuição, leitura do horóscopo diário ou interpretação de sonhos. O fato é que sempre fico com aquela vontade de saber o que está por vir, afinal tem dias em que por mais que eu ande, a vida continua parada.
Hoje mesmo, no meu décimo segundo dia de férias sinto-me entediada. E olha que desses doze dias, cinco passei a bordo de um navio maravilhoso em um Cruzeiro em família. Mas é sempre assim, quando estava viajando pensava que aquilo deveria durar para sempre, mas um dia antes, quando cheguei em casa e dormi por doze horas na minha primeira noite de férias, pensei que aquilo também poderia durar para sempre...
A verdade é que estamos sempre em busca de transformação. Mudamos o humor, a vontade, o gosto, a coragem, tudo o que antes era certeza vira talvez e o talvez acaba muitas vezes por virar realidade, e é sobre isso que quero falar hoje.
Minha curiosidade somada à vontade de desvendar o futuro, me fez consultar um astrólogo no meio deste ano. Depois de não ter tido sucesso com a cartomante achei que seria uma boa tentativa. Foram quase duas horas de consulta, passando pelo meu passado, presente e o que mais almejava: o futuro.
Pedi a ele que priorizasse a leitura das minhas ambições profissionais e sentimentais e confesso que não acreditei quando escutei que o ano de 2012 seria meu ano de transformação. O ano em que, segundo ele, eu teria mudanças no campo profissional, onde teria possibilidade de realizar um grande sonho e, como se não bastasse, o ano em que poderia conhecer um companheiro para toda a vida.
Ah! Era tudo o que queria ouvir... Será que finalmente aos vinte e oito anos teria a honra de parar minha busca e aquietar esse coração que já anda extremamente desacreditado? Ri disso tudo ao contar as previsões para minha mãe. Ri mais ainda quando ele me disse que firmaria um compromisso no mês de setembro e que faria uma viagem internacional ainda neste ano.
Pense bem, em julho eu jamais imaginaria fazer uma viagem internacional, muito menos firmar compromisso com ninguém, afinal havia rompido um namoro recentemente e tudo que queria era paz.
Mas hoje, deitada no meu quarto, olhando para o céu azul, pensando no quanto estou entediada e no que espero de 2012 me lembrei de todas essas previsões e qual não foi minha surpresa quando as vi praticamente integralmente concretizadas?!
Realmente firmei um compromisso em setembro, no dia dezoito mais precisamente, e no mesmo mês agendei uma viagem, pasmem, para o Uruguai e Argentina, com uma amiga para o final de dezembro.
E agora me pergunto: foi a previsão que me impulsionou a fazer isso tudo em tão pouco tempo? Ou foi o tempo que me movimentou até essa previsão?
Não sei dizer...Só sei que estou realizada. Feliz por ter me movimentado. Por ter arriscado e por ter a possibilidade de ter mais histórias para contar.
Minha viagem se dará logo depois do Natal, passarei a virada do ano em terra estrangeira, pela primeira vez longe da minha família, mas na ânsia de trazer sonhos realizados e novas ambições para 2012 que agora mais do que nunca, creio será meu ano de transformação.
Não sei o que me reserva o ano que se aproxima, muito menos esta viagem e nem mesmo o dia de amanhã, mas tenho a certeza de que vale a pena sonhar, e mais ainda prever o futuro, especialmente se essa previsão é feita por nós, por nossos desejos, por nossas vontades, pois esse é o caminho mais curto para transformar  a possibilidade em realidade.
O que espero de 2012? Viver o presente que hoje é meu futuro de maneira plena. Acreditar que um passo pode desencadear uma longa jornada. Desejo ainda dias de tédio, pois percebi que essa sensação não é nada mais do que um momento para meu descanso,para um respiro, para que eu possa olhar para traz e ver meu futuro concretizado e olhar para frente em busca de novos presentes, cada dia mais previsíveis.
Chega de tanta surpresa. Viver o hoje cabe apenas a nós e a mais ninguém e que venha 2012, cheinho de boas previsões e de muita, muita transformação!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Já chegou o Natal...?

Acabo de escutar uma música bem típica para este período do ano, corro até a cozinha e de lá avisto o caminhão da coca-cola passando na avenida principal da cidade, todo iluminado, espalhando aquele clima de: “Já chegou o Natal...”.

É claro que hoje em dia não é mais só um caminhão, é uma caravana, e além da música e das inúmeras lâmpadas, agora traz também um urso polar jogando balas para as pessoas na rua e ajudantes de papai-noel dando tchauzinho. Ah...Essa modernidade, vive estragando tudo mesmo. Mas enfim, o que realmente me chamou a atenção foi a sensação que a música tocada por aquele caminhão enorme e todo iluminado me provocou.

Havia sido tomada por esta sensação há uns três dias, quando a iluminação natalina foi espalhada por toda a extensão da rua onde moro. Da vista da minha janela posso observar muitos anjinhos, sinos e o papai-noel, iluminados, coloridos, um convite a caminhar pela noite afora que já não é mais tão silenciosa nesta época do ano.

Não sou muito fã deste período do ano, claro que sempre é bom reunir a família, amigos, trocar presentes, mas sempre existe uma tristeza velada nestes dias para mim. Conheço pessoas que adoram o Natal e o comemoram com todas as possibilidades: ceia, fogos de artifício, luzes natalinas, enfeites, árvores enormes, presentes, peru e champanhe.

Quanto a mim, estar com minha família basta. O resto é acessório, complemento que deixa a data mais atrativa, agradável, mas não a torna mais ou menos importante.

O que realmente têm me incomodado nesses últimos dias é no que o Natal se tornou. Tenho observado um consumismo exacerbado nesta época do ano. Hoje quase fui atropelada duas vezes na rua de casa, não por carros, mas por pessoas. Malucas, alvoroçadas, ansiosas e carregadas de sacolas.

E olha que esta é a primeira semana de comércio noturno e de promoções de final de ano, fico imaginando como será a véspera de Natal... Na certa uma guerra civil oculta, não anunciada, irá se apresentar. A busca pelos melhores presentes, pelos maiores descontos, pelas principais marcas, torna o consumidor um verdadeiro soldado. E realmente é preciso andar com escolta ou armadura nestes dias, pois pisão no pé e sacolada na cabeça não irão faltar.

Utilizar a calçada sem empurra empurra ou achar um lugar para estacionar torna-se moeda de troca nesta época do ano. O difícil mesmo é manter o foco. As lojas iluminadas, com vendedores fantasiados são tão atrativas que impedem os clientes de chegar até o final da rua, lá na praça central onde um coral infantil expressa o verdadeiro significado deste período.

O presépio em tamanho natural não é tão atrativo quanto a casa do papai-noel que concentra filas de crianças em sua porta. O menino Jesus não é tão divertido quanto as balas e o presentinho distribuído pelo bom velhinho. E é assim que o ciclo se repete... Quando adultos essas crianças provavelmente irão priorizar as lojas ao episódio cultural e priorizarão as balas da casa do papai-noel ao presépio (se é que ele ainda vai existir) nos dias de Natal.

Ultimamente comemoramos tudo, mas raramente sabemos o porquê. A festa por si já é suficiente. Não importa o motivo, nem os convidados, o importante é festejar. E quando não se tem um motivo ou quando ele existe, mas não é importante as coisas ficam meio que sem sentido, não acha?

A verdade é que o final de ano é meu final de linha, sempre. É quando estou dando meus últimos suspiros e implorando por descanso, por férias e acho que devido a isso me sinto mais sensível e fico muito mais intolerante neste período.

E é por essas e outras que ainda abro a janela para ver o caminhão da coca-cola passar e avistar os anjinho de luz aqui de cima, tentando manter a todo custo o sentido que o Natal tem para mim deste a infância, tentando não ser engolida pelo consumo selvagem, pois lá embaixo, longe da altura dos doze andares nem tudo é tão bonito quanto parece, nem tão seguro...

sábado, 3 de dezembro de 2011

Procura-se...


Procura-se alguém disponível para meus dias de riso e tempestade.
Procura-se alguém que seja alto o suficiente para levantar minha autoestima em dias sensíveis.
Procura-se alguém forte o bastante para levantar meu ego nos dias em que a frustração me perseguir.
Procura-se alguém que tenha belos olhos para me mostrar o quanto a vida pode ser maravilhosa mesmo em dias nebulosos.
Procura-se alguém que saiba sorrir e me faça gargalhar com seu ponto de vista.
Procura-se alguém que saiba me olhar nos olhos e me ouvir quando o assunto é sério.
Procura-se alguém que tenha sabedoria para entender que não podemos ter tudo o que desejamos, mas podemos lutar para que esses desejos não desmanchem no ar.
Procura-se alguém que não tenha medo do trabalho e que não se envergonhe do que faz, nem do que eu faço.
Procura-se alguém que consiga perguntar como foi meu dia e esteja atento com a resposta, seja ela positiva ou não.
Procura-se alguém que não tenha vergonha de chorar quando se sente triste e que possa me fazer chorar de alegria às vezes.
Procura-se alguém que esteja disposto a me carregar no colo em dias de pés cansados depois de um longo baile.
Procura-se alguém que goste de fazer cafuné e não se canse da minha voz rouca.
Procura-se alguém que queira me aconchegar em seus braços até pegar no sono e me acordar com um beijo sincero de bom dia.
Procura-se alguém que não tenha medo de se apaixonar e consiga fazer de cada momento algo bom para se lembrar.
Procura-se alguém que goste de viajar e não tenha medo de dirigir.
Procura-se alguém que goste de andar de mãos dadas e tomar sorvete no final da tarde de domingo.
Procura-se alguém que goste de conversar e respeite a diversidade de opiniões.
Procura-se alguém que me aceite e não me obrigue a mudar meu jeito de ser, estar e viver.
Procura-se alguém que não se importe com minhas roupas coloridas, alguém que prefira as cores ao branco e preto e que não se canse de se surpreender ao ver um arco-íris.
Procura-se alguém que goste de observar o pôr-do-sol e me presentei com a lua em dias de céu estrelado.
Procura-se alguém que não tema fazer planos, mas que não deixe de viver o hoje com medo deles nunca se realizarem.
Procura-se alguém que pense em ter uma família e que entenda que isso significa compartilhar sonhos, vitórias e perdas.
Procura-se alguém que respeite o amor que tenho pela minha família e esteja disposto a conhecê-la, passando pela sabatina de perguntas de tios e avós sem se sentir acuado ou com vontade de fugir para outro país.
Procura-se alguém que me olhe com admiração e que se orgulhe ao falar de mim para os melhores amigos.
Procura-se alguém que goste da minha companhia e nunca me trate com indiferença.
Procura-se alguém que respeite meus medos, inclusive os mais ridículos e que não faça disso uma piada.
Procura-se alguém para que eu possa chamar de meu.
Procura-se alguém para...amar.