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domingo, 4 de setembro de 2011

Desgraça pouca é bobagem! (Parte II)

Bem, como dizia na semana passada, existem coisas simplesmente inacreditáveis e imprevisíveis. Há quem diga que consegue planejar seus dias e prever o futuro, a eles diria com garantia que deveriam abrir algum negócio, pois com certeza seria lucrativo, visto que a única coisa certa nesta vida é a morte e nem isso pode ser planejado.
Para quem não está por dentro do assunto, na semana passada comecei a contar um dia de caos compartilhado por mim e por uma grande amiga. Tendo seu início numa manhã fria de sábado, com um fusível queimado, um banho frio, chuva e por fim um carro literalmente atropelado por outro carro. Na ocasião a vítima era o carro da minha amiga que estava estacionado na rua reta, bem em frente à entrada do meu prédio.
O estrago no veículo foi grande. Depois de chegarmos ao local e verificar o tamanho do prejuízo foi hora de começar a pensar em providências. Olhei em volta e não vi sinal de polícia, as viaturas que vivem rondando o quarteirão passaram bem longe naquela noite chuvosa, o jeito era acionar um veículo:
- Polícia Emergência.
- Boa noite, aconteceu um acidente de carro e gostaria de fazer um Boletim de Ocorrência.
- O acidente foi entre dois veículos senhora?
- Mais precisamente três, um carro bateu e acertou dois veículos estacionados.
- Existem vítimas no acidente, senhora?
- Não.
- Nesse caso o B.O. pode ser feito na segunda-feira a partir das seis horas da manhã, mais alguma dúvida?
- Todas! A dona do veículo que sofreu a batida não é daqui, ela precisa acionar o seguro, fazer o B.O. hoje, não pode mandar uma viatura ao local?
- Não senhora, este serviço fica disponível a partir de segunda-feira, só mandamos viatura se tiver vítima.
Na mesma hora pensei, logo vai ter uma aqui, minha amiga vai enfartar e eu junto. Sem saber mais o que falar, passei o telefone pra minha amiga e disse:
- A polícia não vem, o B.O. só na segunda.
Ela ainda tentou insistir, mas como viu que não teria sucesso o jeito foi tentar amenizar o prejuízo falando com jeitinho com o motorista maluco:
- Você está bêbado?
- Claro que não moça!
- E como você conseguiu a proeza de acertar meu carro ali, estacionado, você colocou meu carro na calçada!
- Eu tive que desviar de uma moto, e ai perdi o controle, moça, mil desculpas.
- Você tem seguro?
- Não.
Danou-se. Pronto, agora sim a confusão ia começar a tomar corpo. O Zé mané não dispunha de seguro, nem de sorte porque acertou os dois carros de uma só vez, sendo o alvo principal o carro da minha amiga.
Depois de muita explicação e conversinha avistamos a chegada dos agentes de trânsito, preocupados com a liberação da rua, visto que o carro havia ficado atravessado, atrapalhando a passagem. Nem quiseram saber de quem era o prejuízo. Perguntei a um deles sobre a história de não poder fazer BO nos finais de semana e a informação foi confirmada, depois vi enquanto perguntavam ao motorista como havia conseguido acertar dois carros ao mesmo tempo, naquela reta, mas mais uma vez o mistério pairou no ar...Acho que ninguém nunca vai saber exatamente o que aconteceu.
Bom, depois de tirar o carro do meio da rua, foram todos os agentes de trânsito embora e lá ficamos, eu, minha amiga e uma segunda amiga que veio tentar manter o controle da situação (aliás, ela fez ótimas fotos da batida que podem confirmar essa história que parece mentira, diga-se de passagem).
Depois de quase uma hora no telefone com a empresa do seguro, minha amiga conseguiu o envio de um guincho para que o carro fosse levado até a cidade dela. Nessas horas é que vemos se o serviço realmente funciona, o que ela comprou aparentemente era mesmo “seguro”, afinal, tudo pareceu correr bem.
Seguro acionado, restava fazer o acordo com o motorista que deve ter tirado carta em algum carrinho de batida de parques de diversões e esperar o guincho chegar. O motorista parecia apesar de Mané, ser de boa fé e estava disposto a colaborar com o que fosse preciso, então fui logo ao que interessava:
- Me empresta seu RG, preciso anotar seus dados.
- O número é tal, tal, tal.
- O senhor não entendeu, eu quero ver o número do RG e a Carteira de Habilitação.
- Por quê? Você não confia em mim?
- Ah! Mudou?!
- O quê?
- O senhor bate num carro estacionado, não tem seguro e eu tenho que confiar em você? Nós nem nos conhecemos, o mínimo que o senhor faz é passar todas as informações.
Depois dessa ele entendeu que estávamos dispostas a encerrar logo aquela confusão, passou nome, telefone, endereço, placa do carro, documento, tudo e ficou nos atormentando com um discurso que estava mais para filosofia de bar do que desculpas sinceras.
Mas o resto desta história eu conto na próxima semana, ao apresentar o último capítulo que infelizmente não foi o da novela, mas teve um final bem atípico, muito diferente dos que se costuma ver nos folhetins.

Ilustração: O estado caótico - J. Victtor. Disponível em: http://blog.jvicttor.com.br/2008/12/12/o-estado-caotico/

3 comentários:

Kelson disse...

Esse é o chamado Tranca-Rua!

Isabel disse...

dizem que os motorista daqui só dirigem olhando prá frente, tô questionando isso. rs

jorge disse...

QUEM DIRIGE EM PARQUES DE DIVERSÃO TEM MAIS NOÇÃO DE TRÂNSITO DO QUE ESSES IDIOTAS EM SOROCABA .
VC NÃO LEU RECENTEMENTE A PAPELADA DA CÃMARA MUNICIPAL , ADVERTIR O QUE ESTÁ ERRADO .KKKKKKKKKKK
FAÇO ERRADO E SOU ADVERTIDO .KKKKKK
EM QUEM EU VOTO , ISSO É PRA QUEM FAZ ERRADO E NÃO QUER ASSUMIR SEUS ERROS.
VC ACREDITOU MESMO NA POSSIBILIDADE DA POLICIA IR ATENDER A OCORRÊNCIA NA HORA, ONDE VC ESTÁ , EM QUE PLANETA VIVE.
VC TEM PARENTE OU ALGUM CONHEÇIDO NA POLICIA , NA POLITICA LOCAL , AI SIM SERIA ATENDIDA NA HORA FORA ISSO ESQUEÇA.
ESSE É O BRASIL IGUAL PARA TODOS ,SÓ SE FOR PARA TODOS DESONESTOS,CORRUPTOS.
AINDA BEM QUE SUA AMIGA TINHA O SEGURO , SE NÃO ESTARIA COM O CARRO ATÉ HOJE NA CALÇADA .
ESSA É A CULTURA DO NOSSO PAIS , PAGAMOS IMPOSTOS , SOMOS CIDADÃOS MAS QUANDO PRECISAMOS , TEMOS QUE ESPERAR .