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segunda-feira, 7 de junho de 2010

Uma sensação não sei de quê...

Às vezes sou invadida por um sentimento estranho. Uma pressão no peito que faz o coração diminuir e a angustia apertar. Um misto de aflição e incômodo, como se fosse incapaz de explicar se o que me aflige é algo que me foi dito, a consequência de um ato, um presságio ou simplesmente uma sensação.
Tem dias que a tristeza se envolve com a saudade e me deixa sem saber o que estou sentindo. Um misto de medo, com nostalgia e alegria. Tem dias que a única coisa que não quero ouvir é alguém me perguntar: “como você está?”. Não por maldade ou falta de vontade, simplesmente por não saber explicar.
Tem dias que o sol parece forte demais, o vento frio demais e a noite escura demais. Tem dias que o silêncio incomoda. Tem noites que parecem não ter lua, e dias que insistem em não ter sol.
Tem dias que acordo assim, estranha, com um nó na garganta, impossível de ser explicado. Tem dias em que os acontecimentos vão me indicando aflições e angustias, tem dias que nem isso. Tem dias que apenas faço passar, correndo, contando cada minuto, na espera de que logo acabe para em um longo suspiro poder dizer ao coração: “não era nada demais, se acalme, está tudo bem”.
Tem dias que nem tento explicar, mas tenho a certeza que algo irá acontecer. Alguma coisa que vai mudar minha rotina, me trazer sorrisos ou lágrimas, alguma coisa que irá me tirar do controle.
Tem dias que me questiono sobre o caminho a seguir, sobre por onde ir e mudo minha rotina por instinto, vou de escada e deixo o elevador, caminho por oito quadras e não pego o ônibus, esqueço a bolsa e me atraso por dois minutos. Tem dias que com certeza recebo uma mãozinha do destino...
Não sei se acreditam nisso ou não, só sei que nesta semana as mãozinhas do destino tem sido verdadeiros tapas na minha nuca. Uma sensação não sei de quê, realmente inexplicável.
Talvez pela avalanche de acontecimentos que invadiram meu relacionamento nas últimas semanas, me tornando comprometida, solteira e novamente comprometida com direito a anel no dedo em curtos espaços de tempo. Talvez pelo fato de mesmo depois disso tudo, alguém ter decidio viajar para bem longe neste momento tão delicado, ou ainda pela minha ansiedade em saber definitivamente se deixarei ou não de ser uma dúvida em algumas situações.
Pode ser ainda pela simples e deliciosa ansiedade de rever, depois de mais de dois meses, minha família. Quem sabe seja apenas vontade de jogar conversa fora o final de semana inteiro com minhas amigas, e de ganhar colo de mãe enquanto a coloco a par de tantos desencontros.
Pode ser que na verdade até saiba bem o que esta coisa signifique, mas para que nomear algo que ainda não sei se me fará bem ou não? Melhor ficar com esta sensação não sei de quê por estes dias que se aproximam, sem a certeza do que será o depois do feriado. Fugir do controle em alguns momentos me faz bem, especialmente quando as decisões a serem tomadas não dependem exclusivamente de mim.
Só não me perguntem o que não sei explicar, enquanto fico aqui com esta sensação não sei de quê, até que os dias retomem a rotina que tem me engolido tantas sensações.
O importante é o fim disso tudo, o início é sempre de alguma forma provocado e o meio ninguém nunca consegue mesmo explicar, então chega de tantas certezas... Pelo menos até que o feriado se finde, me deixe aqui com esta sensação não sei de quê.

3 comentários:

Marly Meyre disse...

Oie!!!

Sabe o que acontece quando sentimentos tão contraditórios nos assolam?
ESTAMOS VIVENDO E CONVIVENDO.
É a certeza de que não estamos sozinhos. Somos indivíduos necessitando de outros indivíduos.
bjus no seu coração

Isabel disse...

é assim mesmo... crescer dói, mas vale a pena... e no final tudo dá certo...bjs.

Paulo disse...

A grande causa disso tudo pode ser essas grandes mudanças repentinas que esse alguem causou. :(
Tomara que um dia possa dizer "não era nada demais, se acalme, está tudo bem"
Bjao